Qual tipo de lâmpada esquenta mais?
Assim como as cores e os tecidos podem impactar na climatização do ambiente, mais um item que influencia nessa questão será apresentado hoje: os tipos de lâmpada, que dependendo da sua classificação, podem sim esquentar o lugar que está sendo iluminado.
Mas antes de explicarmos os diferentes tipos e suas características, é importante você entender como acontece esse processo de aquecimento que reflete no ambiente.
Além da luz
Não, a luz não é quente. Toda lâmpada contém um filamento que chamamos de resistência, e é ela que permite que toda a energia distribuída pelos fios de eletricidade não chegue de uma vez. Como o próprio nome diz, ela “resiste” toda aquela energia que chega, de modo que a lâmpada não sofra uma alteração muito grande e queime.
Ao invés de toda a energia elétrica ser convertida em energia luminosa, a resistência absorve parte dela, transformando-a em energia térmica. Desse modo, é essa energia térmica que faz a lâmpada esquentar.
A lâmpada esquentou? E por que o ambiente esquenta?
A questão é tão simples, que dá até para explicar através de uma analogia: se você misturar um copo de água quente com um copo de água fria, a água fica morna, certo? O mesmo ocorre com o ar. Uma lâmpada quente em um ambiente frio faz com que a lâmpada esfrie um pouco e o ambiente esquente um pouco, por isso a variação da sensação térmica.
Os tipos de lâmpadas e a influência na temperatura
Para iluminar casas e apartamentos, existem quatro tipos de lâmpadas que são os mais usados. Além da diferença na temperatura, elas variam também no tipo de luz que emitem, consumo de energia e durabilidade. Confira como elas funcionam, começando com o tipo que mais esquenta até o que não produz calor:
Lâmpada incandescente (a que mais esquenta): é considerada a mais comum, usada há anos nas casas brasileiras. Possui um filamento de metal que, quando recebe a energia, emite a luz, que é amarelada. No entanto, está sendo cada vez menos usada porque consome muita energia e gera pouca iluminação.
Apenas 5% da eletricidade que ela usa vira luz, o restante transforma-se em calor. E isso que a torna a “lâmpada mais quente”: quando muitas lâmpadas incandescentes são usadas em um ambiente, elas tendem a aquecer o espaço. As lâmpadas incandescentes duram no máximo mil horas, mas podem queimar antes desse tempo por motivos variados, como superaquecimento.
Lâmpadas halógenas (a que direciona a luz): com gases dentro do bulbo, essas lâmpadas produzem um tipo de luz mais direcionada. Muitas possuem variedade no ângulo do facho de luz, possibilitando destacar um objeto ou detalhe do ambiente. Elas usam menos energia que as incandescentes, mas também esquentam e não são indicadas para iluminação geral de ambientes. Existem vários tipos de lâmpadas halógenas: dicróicas, PAR, AR e outras.
Lâmpadas fluorescente (a que mais ilumina): se popularizaram no Brasil na época do apagão, pois é uma alternativa mais econômica. Essas lâmpadas podem gerar até oito vezes mais luz com a mesma quantidade de energia se comparadas com as incandescentes. Toda lâmpada fluorescente precisa de um reator para funcionar.
Elas podem ser tubulares (tubos longos, comumente usados em cozinhas e escritórios) ou compactas (que podem vir com o reator embutido e ser colocadas no mesmo bocal da incandescente). A luz emitida pode ser tanto branca, quanto amarela e em ambos os casos, a lâmpada não esquenta demais.
LEDs (a que consome menos energia): são consideradas as lâmpadas do futuro. Estão cada vez mais populares, mas ainda não ganharam muita fama devido ao preço de cada lâmpada, que pode ultrapassar R$ 90. Seu sucesso se deve ao seu baixíssimo consumo de energia, inferior inclusive ao das fluorescentes e até 85% menor que o das incandescentes. Além disso, sua durabilidade, que pode chegar a 50 mil horas, tem impulsionado sua fama. Os LEDs geram pouca luz e são normalmente usados para compor efeitos visuais. Por isso, para iluminar um ambiente todo, são necessários muitos LEDs.
Diferente das demais formas de luz artificial, a luz do LED não emite calor. Apesar do sistema de LED esquentar, gerando temperatura térmica durante a conversão da eletricidade em luz, ele não joga o calor para o ambiente graças ao auxílio de dissipadores que têm a capacidade de removê-los. E esse é um dos aspectos que contribuem para aumentar sua vida útil.
Mas então, qual você prefere? A tradicional incandescente, que esquenta mais o ambiente mas também consome mais energia? A fluorescente, que ilumina mais; ou as modernas de LED, que não iluminam tanto mas consome um baixíssimo nível de energia?
Fonte: WebArCondicionado